Todos conhecemos o Facebook, gostamos de o utilizar mais ou menos que seja, nem que a sua única utilidade seja a de nos lembrar as datas de aniversário dos nossos amigos. Muito poderia ser dito sobre esta rede social que tem dominado a Internet nos últimos tempos. O que quero aqui focar é: Onde param todos os dados que eu coloco no Facebook?
A mesma questão teve o estudante de direito em Viena, Max Schrems, (aqui em reportagem) que após muitas dificuldades conseguiu um CD que recolhia toda informação que a rede social tinha sobre ele durante os três anos em que fez parte desta rede. Imprimido, o conteúdo do CD resultou em 1.200 páginas, onde estavam todos os dados que ele tinha partilhado através do Facebook, desde histórico de chats, pedidos de amizade, posição religiosa, etc, tudo dividido em 57 categorias que facilitavam a distribuição e classificação dos dados. Nestes dados, descobriu até fotos, mensagens e outros arquivos que ele tinha apagado, mas que o Facebook tinha armazenado. E ao saber disto ficou bastante surpreendido e decidiu processar o Facebook por invadir a sua privacidade.
Eis a minha resposta ao Max e a quem como ele acha que o Facebook faz mal:
Caro Max, o Facebook por muito interessante e gratuito que seja, não é um simples brinquedo. Nele és bombardeado com publicidade, informação e desejos que nem sequer te passam pela cabeça, e é através desses que conseguem manter a máquina milionária em que se transformou. Ninguém te obriga a colocar dados no Facebook, és tu próprio que os colocas de livre e espontânea vontade. Ele, como máquina capitalista que é, vai guardar os teus para os utilizar em sua vantagem, como qualquer outro sistema económico actual. Não queres que o Facebook tenha os teus dados? Simples, NÃO LHOS DÊS!
O mesmo se aplica a outras redes sociais ou redes onde pedem a inserção de dados. O marketing não é um monstro, mas também não é a Santa Casa da Misericórdia.
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